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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fragmentos


  "Chorar é bom, lubrifica os olhos e a alma"

"Sou simplesmente aquilo que tento não ser, e procuro sempre não ser aquilo que acabei me tornando"

"Para um poeta escrever é como viver, temos o díficil dever de escolher sabiamente as palavras que regem nossa vida"

"Hoje percebo que talvez o maior erro que cometi, foi o acerto de me apaixonar, pois hoje vivo nesse erro, esperando um dia acertar, para jamais cometer o mesmo erro de por ti me apaixonar"

"Ilusão tudo é ilusão!!!"

domingo, 12 de dezembro de 2010

O vestibular da vida

Dezessete anos, estudos, trabalho, sonhos, paixões, cobrança, decisões,
pressões, e etc. Sofro o desgaste de sempre querer aparentar o melhor, mesmo
estando sentindo vontade de chorar e ou sair correndo da realidade por alguns minutos
apenas. Cansado de tudo e quase todos, recorro-me a escrever, que para mim é
uma fuga momentânea da realidade, preciso dessa fuga, que se faz necessária para
conseguir organizar meus objetivos e sonhos de forma que não venha a desistir
deles. Muitos me dizem que vou conseguir chegar lá, mas sinto na pele que as coisas
não são tão simples como todos tentam fazer parecer. Percebo quão difícil é ser um
sonhador num mundo de obsoletos realistas, não que eu use o mundo dos sonhos
para escapar das responsabilidades do mundo real, mas é que ao sonhar ganho forças
para lutar, e lutando consigo aprender, nem sempre venço, mas sempre aprendo;
            Não que este aprender signifique desistir, mas esperar o momento certo para vencer,
perde-se uma batalha aqui outra acolá, mas o objetivo central é vencer não penas
algumas batalhas, mas toda a guerra. Guerra essa que se faz presente dia-a-dia em
minha cabeça, onde tenho o difícil e necessário dever de escolher aquilo que julgo ser
prioridade do momento, visando não apenas o momento presente.
Vivo na expectativa de ser aprovado não apenas em um vestibular de alguma
universidade, mas ser aprovado na vida, e tem um bom desempenho no maior curso
de graduação que pode existir. Curso esse que não precisa de vestibular para ser
aceito, e até mesmo sem você querer você acaba entrando nele, e de uma forma
ou outra começa a cursá-lo, esteja você preparado ou não, nesse curso passa-se
semestres e mais semestres e caso você não consiga ser aprovado, fica para trás. E
dificilmente conseguirá recuperar o que foi perdido, pois tempo não se recupera, o que
passou passou, e o que começa a ser importante é que está por vir, não dá tempo de
olhar para trás e lamentar os exercícios não feitos, os trabalhos não realizados, não
tem como abonar as faltas, ou chorar por tudo aquilo que devíamos ter feito e não
fizemos. Esse curso exige todos os dias o máximo de cada um de nós, os esforços
comuns muitas vezes não são o suficiente, é preciso sempre mais, dar um pouco mais
de si em busca do objetivo. Os professores que ministram as aulas são Phd’s em todos
os assuntos que se possa imaginar e não há nada que eles não saibam, caso surja
uma dúvida muito cruel eles nos orientam a buscar a sabedoria do Sr. Tempo, reitor
supremo dessa universidade.
         As aulas são ministradas diariamente, e se faz necessário o maior grau de
atenção às suas lições, que desde as mais simples até aquelas mais complexas, que
exigem observação total, e mesmo sendo simples de entendê-las. nos ensinam a
complexidade da existência.
Seja bem-vindo ao maior curso de graduação que existe: A vida.

Crônica: As estações da vida

Gosto muito do verão. Calor e praia são as combinações perfeitas nessa estação. Acordamos pela manhã dispostos, cheios de energia, tudo é lindo, claro, quente e intenso. Mas de repente na vida, lá pelas três horas da tarde, com um lindo sol brilhando, caí àquela chuva surpresa de verão, que nós não esperávamos naquele exato momento e muda todos os nossos planos para
aquele dia. Cancelamos passeios, alteramos data de viagens, deixamos para
viajar no outro dia, isso devido a essa chuva inesperada de verão.
No entanto podemos ver que quando se trata da vida, acontece da mesma maneira. Estamos aconchegados em nossa rotina diária, com tudo já pré-planejado, como em um dia de verão, e no meio da tarde somos surpreendidos
quando aparece aquela pessoa desconhecida ou não, que não esperávamos
que chamasse nossa atenção naquele momento, e assim como um bom
pescador fisga seu peixe, esta pessoa fisga nossa atenção, mesmo nós
sabendo como são as chuvas de verão, rápidas, passageiras e intensas, nos
deixamos atrair por ela.
A vida estava tranqüila, nada de novo, seria mais um verão como
tantos outros, mas aquela chuva inesperada faz com que nosso verãozinho
sossegado tome outros rumos mais emocionantes, dando ares de primavera,
colorida e cheia de flores, enfim estamos apaixonados.
Nessa estação tudo é romântico, as flores coloridas nas copas das
árvores, o canto dos pássaros em nossa janela, a brisa suave nos rosto, o
pôr do sol avermelhado, tudo é encantador, tudo é apaixonante. Vivemos
intensamente a primavera do coração, há quem consiga fazer que esta estação
seja mais duradoura, já outros não possuem tal habilidade. Entretanto no auge
da primavera surge o outono, as lindas flores que coloriram as copas das
árvores começam a cair, a brisa já não é tão suave, toma um ar mais gelado,
chegam às dificuldades no relacionamento. Excesso de ciúmes, desconfiança
vão calando o canto dos pássaros que já nem ousam nem pousar em nossas
janelas. As coisas começam a tomar um rumo mais realista, passado o
romantismo da primavera, não que seja pessimista, adoro a primavera, mas o
outono tem um papel fundamental e decisivo para os relacionamentos, pois no
outono se revela como é que passaremos o inverno.
Há relacionamentos que não suportam o cair da folhas, o murcharem das flores, deve ser daí que surgiu o ditado que diz “nem é tudo é flores”, esses são como as nuvens de verão que trazem àquelas chuvas serôdias, aparecem e logo se dissipam no céu. Já outros conseguem suportar todas as dificuldades
do outono e entram no inverno aquecido. Sorte de quem passa o inverno acompanhado, pois estar sozinho durante uma estação tão fria não é nada bom.
Após superarem o murchar das flores e o silenciar dos pássaros, vem
o frio, a geada e as temperaturas baixíssimas. É necessário permanecer
juntinho da pessoa amada, aquecidos para que o coração não sofra com a
hipotermia, e como conseqüência o congelamento, que podemos chamar de
insensibilidade. Pessoas insensíveis são hipotérmicas, frias, geladas. É difícil
manter um coração assim aquecido, mérito para quem conseguir. Essas são
as primeiras a sofrer as conseqüências naturais de um inverno. O remédio é
agasalhar bem o parceiro ou parceira com uma boa dose de beijos e abraços,
para que não venham sentir o friozinho da insegurança, estar juntinhos é muito
importante para superar as madrugadas de dificuldades. E quando nos damos
por conta às noites frias, as garoas, os ventos do inverno passam, e logo chega
novamente o verão.
Para aqueles que não suportam o outono, o inverno se torna difícil,
depressivo e parece durar uma eternidade. Prometemos a nós mesmo não
se iludir com as chuvinhas passageiras de verão, nos tornamos mais frios,
hipotérmicos a cada inverno que passamos sozinhos. Porém existe em nos a
esperança de um dia passar esses invernos da vida acompanhados e isso nos
faz aguardar ansiosamente a chegada de um novo verão pra começarmos tudo
de novo, essa esperança é que aquece nossos corações no inverno, evitando
que venhamos a morrer por falta do calor gostoso que sentimos no coração e
que só a companhia da pessoa esperada pode nos trazer.