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sábado, 19 de novembro de 2011

Sobre a passeata contra a corrupção.

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Gostaria de deixar bem claro que não pertenço à nenhum grupo revolucionário e não carrego bandeira de partidos algum, apesar de me identificar com os menos favorecidos e injustiçados pela sociedade capitalista. Outra coisa, aparecer na mídia ou em outro qualquer lugar jamais foi minha prioridade. Minha única prioridade é lutar em prol daquilo que acredito.
Sou apenas mais um jovem estudante leigo como qualquer outro, que têm sonhos e que luta por aquilo que acredita. Mas também não sou um tolo, achando que as coisas são simples e fáceis de serem mudadas.
Sobre a passeata, me mobilizei e fui participar porque acredito que é uma forma de talvez despertar mais pessoas para realidade e dessa maneira incentivá-las a lutarem junto comigo e tantos outros que estão fartos de tantos atos de corrupção que têm infectado nosso país. 
Fui sim e caminhei debaixo de chuva porque acredito nisso, entretanto sei que esse tipo de mobilização traz pouco retorno efetivo, é claro que sonhamos que haja uma revolução popular como houve na luta pelas "Diretas Já", porém não sou ingênuo em acreditar que isso ocorra a curto ou médio prazo, pois esse não é um interesse prioritário do povo e da mídia brasileira, ao contrário das "Diretas Já", onde houve até mobilização sindical. Isso se deve ao fato de ter muito mais coisas envolvidas nisso, coisas que estão alheias ao conhecimento de muitas pessoas como eu. E por esse fato acredito que estamos participando de um momento histórico que vive o mundo, poderia fazer aqui um paralelo com os acontecimentos no Chile e outros ao redor do mundo. Porém como disse anteriormente, sou apenas um leigo, cheio de sonhos.
Uma coisa que me deixa triste é saber que dois dias antes na mesma cidade - Curitiba -houve a passeata do orgulho gay, e pouco mais de 150 mil pessoas participaram. Na marcha para Jesus cerca de 50 mil pessoas participaram e depois perceber que apenas cerca de 150 desse pessoas foram às ruas junto comigo dizer um basta contra a corrupção, é claro que existe mais interesses envolvidos nessas marchas, mas isso me leva a pensar que as pessoas agem como se as coisas não fossem com elas.  É como se gays e os evangélicos não sofressem com a corrupção, da mesma forma que o resto da população. Não estou julgando esses grupos, pois existem objetivos e incentivos diferentes nesses movimentos, mas estou apenas expondo genericamente que se talvez houvesse uma união entre os diversos grupos e movimentos que existem na sociedade em prol de um bem comum, como é o caso da corrupção em nosso país,. Talvez o resultado fosse outro se estivéssemos no dia 15 de Novembro com cerca de 200 mil pessoas caminhando debaixo de chuva mostrando que se importam com o bem coletivo e não apenas com os interesses individuais.
A meu ver a corrupção é um problema de caráter individual que afeta inegavelmente o coletivo. Pois quando optamos por tirar vantagem em alguma situação, estamos sendo de alguma forma corruptos. E também de nada adianta querer cobrar honestidade dos políticos se nós cidadãos somos talvez até mais corruptos do que eles, com a única diferença é que não estamos em evidencia como eles. 
Infelizmente as coisas não acontecem simplesmente como penso na minha ingenuidade.
Mas que seria ótimo, se o interesse coletivo estivesse acima do interesse individual, talvez dessa maneira as coisas pudessem realmente mudar.
Porém continuo acreditando que isso seja possível, pois só deixarei de lutar por isso quando deixar de acreditar e só deixarei de acreditar quando morrer.

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